Pega minha camisa, faz de lençol celeste
Nessa cama caída que é o chão da tua escada
Me abraça e dorme, me ama e geme
Me olha como se estivesse sendo atacada
Em nosso ninho clandestino
Aproveita e me faz menino
Marmanjo anjo
Enquanto te faço mulher
Se você for ou estiver
Garota marota
Não tenha medo, ninguém vai tentar
Nos acordar desse sonho que é quase amar
Numa quase cama, nessa quase noite
É tão bom, meu bem, quase te namorar
Que tua quase coragem
Seja a nossa passagem
Nos leve à leveza
E que teu quase prazer
Seja, ao menos, lazer
Afim até o fim
Pega minha camisa, põe nesse chão
Te cubro se fizer frio ou se o calor chegar
O calor é menino, minha fria mulher
Não deixe de, com os olhos, me esquentar
É preciso precisão
Subindo as escadas
Deste leito das fadas
Deste meio
Do mundo inteiro
Como se eu tivesse
Quinze anos
Pela oitava vez
Não se torne outras
Pois já tive todas
Pra poder ter você
Deixa chover
Se for pra chover
Deixa nos molhar
Que eu quero ver
Teu sertão virar amar
Nessa cama caída que é o chão da tua escada
Me abraça e dorme, me ama e geme
Me olha como se estivesse sendo atacada
Em nosso ninho clandestino
Aproveita e me faz menino
Marmanjo anjo
Enquanto te faço mulher
Se você for ou estiver
Garota marota
Não tenha medo, ninguém vai tentar
Nos acordar desse sonho que é quase amar
Numa quase cama, nessa quase noite
É tão bom, meu bem, quase te namorar
Que tua quase coragem
Seja a nossa passagem
Nos leve à leveza
E que teu quase prazer
Seja, ao menos, lazer
Afim até o fim
Pega minha camisa, põe nesse chão
Te cubro se fizer frio ou se o calor chegar
O calor é menino, minha fria mulher
Não deixe de, com os olhos, me esquentar
É preciso precisão
Subindo as escadas
Deste leito das fadas
Deste meio
Do mundo inteiro
Como se eu tivesse
Quinze anos
Pela oitava vez
Não se torne outras
Pois já tive todas
Pra poder ter você
Deixa chover
Se for pra chover
Deixa nos molhar
Que eu quero ver
Teu sertão virar amar