terça-feira, 6 de outubro de 2009

Escudos



Ó meu pedaço
A cada passo...
Terno e compasso...
Em teu cangote, inebriado...

Um Paço à frente e caímos no rio!
E três Paços, do outro lado...

Tenha coragem, meu futuro amor!
Não tenha medo...
Pegue meu dedo...
E desfilemos pelo Recife em torpor...

Ó meu pedaço...
A cada passo...
Eu te embaraço...
E teu ouvido, já cansado...

Um passo atrás e caímos no cio
E três à frente, num enlatado...

Tenha coragem, meu futuro amor!
Por seu ouvido...
E sua libido...
E teu amor será aprisionado...

Em meu nobre corpo, se assim permitires...
Peço pra não resistires...
Pois teu medo é como um imbecil satanás...
Que só satisfaz...

Aquela que, do medo, quer se alimentar
E se guiar...
Pelo neutro derivado de teus traumas
Mas nossas almas...

Esperam se entrelaçar...
Até tua alma virar...
A maior de minhas taras

De teus escudos
Farei vasos de flores
De teus medos
Farei vazão de amores

Pescoço de algodão-doce.

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