Venho, através desta postagem, avisar que voltarei a escrever sobre esportes e política no “Palavras do Guma”, já que não estou tendo tempo para escrever no “Bola Pensante”!
Branca, não sei se de neve ou de coco, seu nome me lembra pensão. Sua calça jeans se encaixa bem em seu franzino e belo corpo. Sua camisa, da cor de burro quando foge, se encaixa igualmente bem. Seus olhos lindamente redondos parecem pedir algo. Seus cabelos pedem um cafuné, e sua textura lisa e sedosa torna-se um irrecusável convite.
Decidi limitar o giro do motor que é o meu cérebro. Impossível? Talvez para vocês, pobres mortais. Saibam que estão lidando com um ser superior, de uma inteligência incomparável, porém, inútil. Sou tão inteligente que só escolho as piores opções.
Vou exemplificar: imaginem um meia canhoto que joga sempre pelo lado direito do campo, ao chegar perto da linha de fundo, com a bola dominada, e encontra um marcador.
Em 90% das vezes das vezes, o atleta faz a jogada preparando para o seu pé esquerdo, ou seja, fazendo o drible em direção ao meio. Este meia, em centésimos de segundo, pensa em dar o corte para dentro, em direção à linha de fundo, preparando para o seu pé direito, na tentativa de surpreender o seu marcador.
Porém, no meio do caminho, ele imagina que seu marcador pode estar pensando o mesmo que ele e prefere fazer o óbvio para, assim, iludir o dito cujo.
Resultado? Desarme, contra-ataque e gol do adversário.
Um tolete velho, branco, cheio de rugas, que fala incontrolávelmente, ora transferindo conhecimentos imprescindíveis, ora enrolando, indeliberadamente, os seus companheiros de latrina.
Ele é o ente principal e, consequentemente, mais vulnerável da latrina. Como está velho, desmanchando-se e a descarga pode ser dada a qualquer m0mento, ele tem pressa em convencer os habitantes da latrina que seus argumentos e convicções são as mais corretas.
Ele incomoda muita, mas muita gente!
Antes o barulho do conteúdo que o silêncio do vazio.
De tantas formas já me tocaram, alguns de uma forma completamente insuportável, ora monótona, ora espalhafatosa demais. Outros, com uma maestria genial, fizeram de meu corpo sensível o caminho mais curto para o nirvana, ou mesmo para o mais orgasmático dos infernos.
Já me usaram de uma forma frenética, quanto mais movimentos por segundo, melhor. A superficialidade desses movimentos é o que incomoda. Eu sei que é algo inerente a qualquer tecnicismo exacerbado. As vezes não é a velocidade que importa, e sim, o jeito de se fazer a coisa.
Já me pegaram com força. Quase me arrombo toda. As pancadas e o peso, ou seja, a intensidade brutal. É uma forma que pode até satisfazer, mas, falta um pouco de suíngue, algo que atinja a alma, algo mais preciso e menos incômodo de agradar durante o ato.
Também já rolou de uma forma mais suave, contínua, quase que tântrica, quase que transcendental. O céu foi o limite, mas... faltou um pouco mais de velocidade, um pouco de violência, sei lá... agradar completamente é difícil.
O que importa é emitir sons diferentes a cada estilo e sentir o orgasmo alheio. Guitarras foram feitas pra isso.
Antes uma bala do que uma má idéia na cabeça. Guiado por este pensamento humanista, pensei em meus dias e noites solitários, vazios e de uma vulgaridade sem precedentes. Era o fim. Senão da agonia, o da falta de coragem de por um fim nisso tudo... Mas não seria covardia?
Essa dúvida era a única coisa que me separava do gatilho apertado e do tiro disparado. Morto, eu já estava! Eu já estou. Sim, faltava aquele toque final, a concretização do fato para os vivos (ou mortos, tal como eu). Lembro-me de ter escrito anos antes num poema o seguinte verso: “que glória se faz ao padecer sem entender as próprias palavras de ordem?”. Me via em minha própria obra, em minha própria constatação e pior, eu era o elo fraco da corrente.
Seria esse meu fim? Baseado no excesso simultâneo de coragem e covardia? De ignorância e de uma sabedoria baseada, apenas, na ironia socrática de que nada sabia? Puta que o pariu, que merda!
Quem me dera se, após concretizado o fato, meus inimigos sofressem com a minha morte e que meus amigos comemorassem o fim de minha agonia com uma festa daquelas. Infelizmente não tenho amigos nem inimigos suficientemente inteligentes, desprendidos e honrados. Todos são demasiadamente práticos. Acham que a morte do outro é a sua vitória (no caso dos inimigos) ou um fato pra ser visto com tristeza (no caso dos amigos).
Enfim, o revólver está aqui. A bala, ociosa, louca para cumprir seu papel... quer saber? Sou um merda, num mundo de merda que, portanto, merece a continuidade de meu ser ridículo e imbecil.
Será que na feira do troca-troca eu consigo um palmtop?
Tu, Satanás em forma de morena Farias eu andar de Vercelli à Ravenna Por um simples capricho
Não me achastes no lixo Nem mesmo me ganhastes na sena Mas me condenastes a esta pena
Que faz meu coração tornar-se um fétido gás E meus verbos virarem líquidas cagadas Os meus olhares para quem te olha, flechadas E minha respiração, orações a ti, Satanás
Desejo apenas que teu lindo e cheiroso pescoço Faça de mim alguém mais velho ou mais moço Que teu recheado e suculento par de seios Alimente, com suas tetas, os meus desejos
E que essa tua carnuda vagina Seja ou esteja mais apertada Do que minha imaginação imagina
Em meu passeio matinal, observando a natureza e, consequentemente, o lamaçal que, invariavelmente, forma-se no caminho entre o CFCH e o CE sempre que chove, flagrei uma magrela, branquela, completamente sem graça (mais por ser branquela do que pela sua magreza, visto minha inegável predileção por mulatas), ela, com um andar apressado e, ao mesmo tempo, distraído, ali, pelo meio do lamaçal.
Você quer saber o resultado deste andar? Isso mesmo, ela se espatifoou no chão, ou melhor, na lama. Passou, em menos de um segundo, de uma magrela, elegante, mas sem graça, para uma porca magrela, coberta por lama, porém, ainda elegante e com uma coisa que, se não era um atrativo objetivamente falando, passou a ser algo observável de forma admirável.
Confesso que não consegui esboçar um sorriso, o que seria normal vindo de mim ao presenciar uma cena como a aquela, mas também não tive a pena que nos faz dar a mão para ajdar o outro. Como um bom pretenso budista, acredito que existem, entre nós, os pequenos e os grandes barcos. Não que os pequenos sejam inferiores ou egoístas, apenas acreditam que o próximo deve aproveitar as dificuldades para aprender a se superar e ser forte para levantar-se sozinho. Não sei se era isso que ele queria dizer, mas tenho o direito de interpretar as coisas da forma que me convém. Talvez eu seja um Hitler Interpretando Nietzsche, mas, que se dane!
Por falar em pensadores, não lembro se foi Voltaire quem disse, mas, na dúvida, roubo-lhe a frase a la Michelotto e digo que a vida é muito curta para aprendermos apenas com nossos próprios erros e, aquela magrela, branquela, elegante, sem graça e, agora, toda melada de lama, me ensinou um dos segredos da vida, óbviamente que sem querer, pois, se fosse por querer, todos os adjetivos antes destinados a ela teriam um adjetivo complementar seguido de hífem: idiota.
É senhores, o que aprendi é que quando se está na lama, ou na bosta, se preferirem, não se pode haver nem pressa, muito menos descuido, pois, algo maior e mais vergonhoso provavelmente acontecerá.
Sarney que o diga.
(Se ela tivesse mais melanina na pele e oito quilinhos a mais, eu a comeria, em agradecimento)
Abraçar o morto: faça! Nojento? Feio? Pecado? Que nada!
Faça, façam, façamos! Abracemos os mortos! Qual é o problema? Já não o fazemos exaustivamente em vida, ora defendendo suas ideologias, como no caso de Marx, ora ouvindo seus discos, como Elvis e Michael Jackson, entre tantas outras formas de babação ontológica? Creio que fazê-lo físicamente é bem menos comprometedor!
Como em todo processo deve-se respeitar as fases, seja gradativo, experimente dar seu primeiro abraço gelado usando como artifício (ou alvo) algum jornal-açougue. Siga meu conselho, dirija-se à última página do caderno policial, lá está o “filet mignon” da carnificina diária, o melhor cadáver, o corpo perfeito para se perder este cabaço existencial.
Depois de abraças aquele símbolo, deveras distante da realidade em forma e textura que pretendemos atingir, é interessante avançar um estágio nesse processo, talvez vários. Aconselho a ida a uma feira livre, procurar o negão da galinha, escolher uma delas, de preferência a maior de todas, para ser, sumáriamente, abatida. Antes de ocorrer o tal assassinato, experimente dar um abraço apertado. Preferencialmente assista o crime, dê um outro abraço após consumado e consuma a dita cuja, de preferência à cabidela.
Após consolidada a noção de que se come um cadáver todos os dias, o resto é mais fácil. Excetuando-se, óbviamente, a continuidade de seu status carnívoro e, em certos casos, a manutenção de seu casamento.
Entendem? Comemos, beijamos, escutamos, veneramos, enfim, abraçamos mortos todos os (santos ou não) dias, mesmo que alguns estejam, biológicamente falando, vivos.
Abrace o morto, mas não espere nenhum tipo de reciprocidade.
Sim, é gratuito, mas quem disse que é de graça? Você agora está gastando energia, tempo, vida útil de sua visão, entre outras milhares de coisas que são finitas e que você deveria estar poupando ao invés de ler este veiculo de transmissão da ignorância.
Mesclarei textos novos e antigos, coisas ruins e coisas muito ruins.
Aqui serão postadas diversas categorias de ignorância, como a esportiva, a política, a literária e com uma preferência para a ignorância poética (sim, ela existe). Para facilitar a vida daqueles que procurarem defeitos em meus textos, não os editarei... ignorância boa é ignorância in natura!
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