quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Saldo
Por mais quantas vezes seremos amor?
Sonhamos descalços... gozamos às vezes.
Sou, por meses e meses, um mero ator.
Por que será que o Carnaval tem que passar?
Por que será que o Carnaval tem que voltar?
Por que não ser ao invés de estar?
Por que não-ser ao invés de estar?
Coit(ad)o Interrompido
Você não é mulher de se jogar fora...
(FORA)
E sim, mulher de se jorrar dentro...
(DENTRO)
No mais profundo e mais no centro...
(FORA)
Eis que então é chegada a hora:
(DENTRO)
Rápido, agora!!!
(FORA)
Fora...
Fora...
Fora!
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Hegeliano
Reggae Primordial (Tamireggae)
Pedaço de Sol
Pedaço de sonho reluzente
Que enfrenta as trevas
Com um sorriso
Que é raio de Sol
Que é raio de vida colorida
Que dá vida à minha vida
Tão triste
Eu andava tão só
Eu andava tão negro
Que não via que a Lua
Era a minha amiga
Pois reflete o Sol
Reflete esse teu sorriso
No qual coloco a esperança
De não ser mais só
De não ser mais só...
E de ser mais Sol...
E de ser mais...
E hei de ser mais.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Sem Título?
Ser invencível a minha paz
E temível a saudade
Por teres um ódio tão fulgás
E por não amares demais
Com essa identidade
E também por não mentires
Nesses teus falares
Nem as verdades, Tamires
Eu vejo revelares
Pelo teu beijo perdido
E pelas acusações de não saber te beijar
Sou teu fã assumido
Teu herói ou bandido
O que você desejar.
:(
desculpem... prisão de ventre!
Sorte no amor e azar nas letras?
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Cafôfo.
“Seis... Cafôfo!” Pescoço de algodão-doce, escudo de adamantium! Tudo bem, estou com meus amigos e gente bonita na mesa. “Treze... Cafôfo!” Tanto não é desdém... Os bares não possuem tantos malabares como deviam Bragi e Igarb sê-lo em dúvida morta! Olhar de quem têm medo fere aquele que negocia pescoço de algodão-doce com cabelo de seda que caga doçura e vomita bastidores. “Vinte e três... Cafôfo!”
Amor Clichê
Faça-me um poema de amor...
Ame-me.
Mas não como quem caga o podre...
Mas como quem persegue a caça...
Sou sua presa...
Minha alma presa.
Presa ao teu ventre.
Ao teu intestino.
Ao teu jantar...
Cante-me uma canção de amor...
Faça-me uma canção de amor...
Quanto mais brega melhor...
Quanto mais cult, mais brega.
Quanto mais brega, mais nós.
Seremos, então, um amor clichê...
E isso é raro nos dias de hoje.
Escudos
Ó meu pedaço
A cada passo...
Terno e compasso...
Em teu cangote, inebriado...
Um Paço à frente e caímos no rio!
E três Paços, do outro lado...
Tenha coragem, meu futuro amor!
Não tenha medo...
Pegue meu dedo...
E desfilemos pelo Recife em torpor...
Ó meu pedaço...
A cada passo...
Eu te embaraço...
E teu ouvido, já cansado...
Um passo atrás e caímos no cio
E três à frente, num enlatado...
Tenha coragem, meu futuro amor!
Por seu ouvido...
E sua libido...
E teu amor será aprisionado...
Em meu nobre corpo, se assim permitires...
Peço pra não resistires...
Pois teu medo é como um imbecil satanás...
Que só satisfaz...
Aquela que, do medo, quer se alimentar
E se guiar...
Pelo neutro derivado de teus traumas
Mas nossas almas...
Esperam se entrelaçar...
Até tua alma virar...
A maior de minhas taras
De teus escudos
Farei vasos de flores
De teus medos
Farei vazão de amores
Pescoço de algodão-doce.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Luto Gumístico: Mercedes Sosa.
Mercedes se foi. Meu sonho de vê-la cantando ao vivo, também.
Não vou falar mais. Eis as minhas música predileta em sua voz:
Volver A Los 17
Volver a los diecisiete después de vivir un siglo
Es como descifrar signos sin ser sabio competente,
Volver a ser de repente tan frágil como un segundo
Volver a sentir profundo como un niño frente a dios
Eso es lo que siento yo en este instante fecundo.
Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.
Mi paso retrocedido cuando el de usted es avance
El arca de las alianzas ha penetrado en mi nido
Con todo su colorido se ha paseado por mis venas
Y hasta la dura cadena con que nos ata el destino
Es como un diamante fino que alumbra mi alma serena.
Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.
Lo que puede el sentimiento no lo ha podido el saber
Ni el más claro proceder, ni el más ancho pensamiento
Todo lo cambia al momento cual mago condescendiente
Nos aleja dulcemente de rencores y violencias
Solo el amor con su ciencia nos vuelve tan inocentes.
Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.
El amor es torbellino de pureza original
Hasta el feroz animal susurra su dulce trino
Detiene a los peregrinos, libera a los prisioneros,
El amor con sus esmeros al viejo lo vuelve niño
Y al malo sólo el cariño lo vuelve puro y sincero.
Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.
Entró el amor con su manto como una tibia mañana
Al son de su bella diana hizo brotar el jazmín
Volando cual serafín al cielo le puso aretes
Mis años en diecisiete los convirtió el querubín.
Gracias A La Vida
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio dos luceros que cuando los abro
Perfecto distingo lo negro del blanco
Y en el alto cielo su fondo estrellado
Y en las multitudes el hombre que yo amo
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado el oído que en todo su ancho
Graba noche y día grillos y canarios
Martirios, turbinas, ladridos, chubascos
Y la voz tan tierna de mi bien amado
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado el sonido y el abecedario
Con él, las palabras que pienso y declaro
Madre, amigo, hermano
Y luz alumbrando la ruta del alma del que estoy amando
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la marcha de mis pies cansados
Con ellos anduve ciudades y charcos
Playas y desiertos, montañas y llanos
Y la casa tuya, tu calle y tu patio
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro el bueno tan lejos del malo
Cuando miro el fondo de tus ojos claros
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto
Así yo distingo dicha de quebranto
Los dos materiales que forman mi canto
Y el canto de ustedes que es el mismo canto
Y el canto de todos que es mi propio canto
Gracias a la vida, gracias a la vida
Adiós, Mercedita!