terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Samba de Manú

Morena
Por qual motivo teu choro chora?
Por qual motivo a lágrima rola?
Se eu estou aqui...

Morena
De quem é a culpa dessa dor de agora?
Será de Bush ou será da Coca-cola?
Quero te ver sorrir...

Pois teu sorriso felicita, facilita
Vem premiar, vem permear
Então vem, meu bem, amar.

Morena
Por qual motivo tu perdestes a hora?
Por qual motivo teu peito me implora?
Se eu estou aqui...

Morena
Quem será teu salvador nesta história?
Quem será que terá tamanha gloria?
De te fazer sorrir...

Pois teu sorriso gratifica, retifica
O que não há, e que pra estar, quer ar
Então vem, meu bem, amar.

Sejas aquela, Emanuela, meu par.

Samba do Trote


Emanuela
Acabou de abrir um sorriso-chamado
Contido de graça, carinho e ternura
E deveras ensimesmado


Emanuela
Tratou de tecer o melhor comentário
Sensível e belo, de rara "finura"
Com o sorriso estampado


E que esse sorriso
Que já foi o meu mote
Fique bem à vontade
Pra me levar à morte


Se o caso for de ir
Sem direito a apelação


Mas e o destino estiver
A passar só um trote
Podem ter certeza
Que já tenho a sorte


De ter o seu sorriso
E de ter o seu coração


Emanuela
Forrou meu forró, chorou meu chorinho
Cantou o meu canto e chamou minha chama
Não achando o bastante


Emanuela
Sambou para mim, sorrindo baixinho
Quem dera ouvir ela dizer que me ama
Que doçura inebriante


E que esse sorriso
Que já foi o meu mote
Fique bem à vontade
Pra me levar à morte


Se o caso for de ir
Sem direito a apelação


Mas e o destino estiver
A passar só um trote
Podem ter certeza
Que já tenho a sorte


De ter o seu sorriso
E de ter o seu coração


Emanuela, minha razão!

Samba da Nóia


Por qual motivo
É tão difícil acreditar
No que sinto por você


Por qual motivo
Não podemos nos amar
Sem medo de sofrer


Não me faça deixar de ganhar horas
O que eu sinto, sempre te darei provas
Não me faça deixar de ter o teu carinho
Deixe que sejamos, árvore, passaros e ninho


Deixe de nóia, mulher!
Deixe de nóia!
Teu amor é meu remédio
O meu amor é teu, senhora.


Aproveita que tá na hora!

Noir.




Escrever não é fácil
Sentir também não
Mas sei que seus olhos
São minha direção


E teus beijos, suados, escuros
Escondidos


Me tiram do chão
Me põem no ar
Noir, noir, noir, noir!


Meu amor!


Te convencer não é fácil
Não te amar também, não
Minha palavra é o convite
Para o devir da ação


E meus beijos, suados, escuros
Escondidos


Seus sempre serão
Pra você degustar
Noir, noir, noir, noir!


Meu amor!


E no ar
Sempre estará
O que nos fará ficar
Para sempre nesse lugar


Chamado amor.

Amor.




E só queria que você acreditasse
No que eu digo, no que eu sinto
Nesse exato momento
Que aquele sonho, não é só seu


Ele é seu, ele é meu e de nossos filhos


Eu só queria que você acreditasse
Nesses seus meus olhos d'água
Que veem você por toda parte
E olham os seus pra algo dizer


Eles dizem te amo, e vai ser pra sempre


Eu só queria que você acreditasse
Que eu sou seu, para o que vier
Estarei ao seu lado, nessa tempestade
Serei seu barco, sua bóia e sua ilha


Escreverei em seu corpo o mapa dos caminhos


Eu só queria que você acreditasse
Que as minhas promessas serão cumpridas
Que minha vida e a sua será só uma
Meus gritos de alerta, serão por amor


Pois a estrada é sinuosa, meu amor sereno


Eu só queria que você acreditasse
Que toda loucura será perdoada
Venha ao meu lado por esse caminho
Não tenha medo, serei seu protetor


Mesmo sem meus escudos, que voce me tomou.


Pois só você sabe como me fazer feliz ou sofrer!
Pois só você sabe como me fazer feliz ou sofrer!

Neguinha.




Ô Nêga


Dissolve esse tumor
Chamado desconfiança
Pois só o presente
Merece lembrança


Ô Nêga


Acredite no amor
Tenha mais esperança
Um amor ardente
Merece confiança


E nós dois queremos ser um
E mais um, e mais um, depois
Mas você insiste em sermos dois
Só, sequer sou algum.

Inevitável Amor


Pra que fugir
Do inevitável amor?
Se as nossas vidas nos pedem mais
E não quer que olhemos pra trás


Então, pra que se impôr


Pra que fugir
Do interminável amor?
Se o destino me fez e te fez capaz
De vivermos um amor sagaz


Capaz de fugir da dor


Busco teu sorriso em cada luar
Procuro teu cheiro em cada sonhar
E tua pele, tua gota, nascente e foz


Ouço tua voz em conchas do mar
Meu amor é só teu, só falta entregar
E quero o teu: meigo, passivo ou feroz


Tire nossos pesos, correntes
E seja dos meus entes
Aquela donzela, rainha bandida
O amor da minha vida.


E pare de fugir
Do inevitável amor.

Teu, Corpo Meu




Não sei, Emanuela
Se eu soubesse, talvez, nem diria
Só sei que teu amor, me parece utopia

E em tempos de crise
És meu banco mundial

Não sei, Emanuela
Em mim, qual sentimento, antes, havia
Se esse diálogo terminava em aporia

Se for, me avise
Este amor é anormal?

Pois teus cabelos, mulher
Teus cabelos são, de Andrômeda, as correntes
Que me prendem ao que, por mim, sentes
Meu ninho, minha cocaína

Pois teus olhos, mulher
Teus olhos são minha pena de vida ou morte
Eles decidem meu azar ou minha sorte
Meu espelho, meu mantra

Pois tua boca, mulher
Tua boca é meu instinto de sobrevivência
É minha sacanagem, minha inocência
Meu sorriso, meu terreiro

Pois teu pescoço, mulher
Teu pescoço, é minha carne de primeira
É meu loló, minha seda, meu pé de roseira
Meu jantar, meu chocolate

Pois teu peito, mulher
Teu peito é o melhor dos meus travesseiros
É a minha salvação, minha paz, meus receios
Meu terremoto, minha mamadeira

E teu ventre, mulher
Ah, teu ventre, é o meu fértil quintal
Onde plantarei meu jardim ancestral
É meu meio, é o meu fim...

Meu princípio.

O Neto de Terezinha (Ou História que Chico Não Contou)

A primeira chegou
Como se fosse ficar
Fiz-lhe logo uma filha
Pois só pensava em se matar


Ela impediu minhas viagens
E os sonhos que eu tinha
Namorando era princesa
Mas casada era mesquinha


Por lhe dar umas lapadas
Nas horas de aflição
Não me quis pra mais nada
E a vaca disse “não!”


A segunda chegou
Eu a conheci num bar
Foi me dando de primeira
Foi simultâneo o gozar


Vigiava as mensagens
Do orkut que eu tinha
Em menos de uma semana
Já tava com frescurinha


Por lhe dar umas mãozadas
Nos momentos de tesão
Ela ficou estilada
E a vaca disse “não!”


A terceira chegou
Como quem fosse pro nada
Era uma puta velada
E, se matar, também tentou


Ela não sabe dos meus gostos
E nem sabe o que quer
Se é deitar na minha cama
Na de Fulano ou na de Mane


Não lhe dei umas lapadas
E nenhum tipo de agressão
Ela disse: “não és de nada”
E mais uma vaca disse“não!”