sábado, 2 de maio de 2009

O Palco, o Inconsciente e o Coração (2009)

Furioso como nunca
Meu inconsciente declama
Centenas de palavras de ordem

Com o fervor de um discurso
Acaba atingindo meu pulso
E ainda diz para mim
Sua vida deve ter fim

Glorioso como poucos
Meu coração se estende
Naquele ardente asfalto

E padece como um passarinho
Que rebelde, foge do ninho
Mesmo sem saber voar
Coração, não sabes amar

E que glória se faz ao padecer
Sem entender as próprias palavras de ordem?
Melhor seria nem nascer
À deixar que as maresias nos assolem?

Então deixo a vida
Como deixo o palco
No tempo em que tudo era lindo
No tempo em que eu sofria sorrindo

Com as cortinas abertas

2 comentários:

  1. acho que esse foi um dos mais chocantes!
    :O hehe
    sei lá, me identifiquei mais eu acho...
    fora os lindos que vc fez pra mim né, oooobvio!
    perfeito demais esse.
    beijos.

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  2. hehehehe...
    esse poema é antigo. mas sempre acchei que tinha um pouco a ver com Boal.

    outra: vc é uma fonte de inspiração inesgotável.

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