domingo, 14 de junho de 2009

Lula Lá?



Brasil? O que se pensava, através dos tempos, quando se falava deste imenso e, até um dia desses, adormecido país sul-americano? Um país que tinha como capital, Buenos Aires? Uma imensa selva onde se encontravam cobras gigantes, capazes de engolir um boi (com uma mulata em cima) num só bote? Um país onde as putas eram baratas e boas de cama? Pois bem, em breve, 2010 virá, o ultimo ano do mandato de Lula, um presidente que, indiscutivelmente, mudou a historia do Brasil, mexeu com a auto-estima do brasileiro, nos fez sentir atores principais das deliberações de ordem global. Definitivamente, nos colocou no mapa.

Há os que achem ainda que Lula é do mesmo time de FHC, que viaja muito, que se preocupa muito pouco com a política interna ou que seu governo é marcado pela corrupção. A diferença é bem simples: FHC era um palestrante, Lula um chefe de Estado.

O governo de FHC deu um uma impressão de que equilibraria as finanças brasileiras, quando na verdade não passou de um paliativo. Pelo Real, muito teve de ser sacrificado, inclusive, os investimentos em educação e no social. O destaque de Lula em sua política externa não pode ofuscar ou seu trabalho enquanto administrador de um país falido (quem não se lembra, foi assim que Lula encontrou o Brasil) com uma divida externa imensurável, problemas sociais crônicos, sem investimentos na educação de base e superior. Hoje temos um país com avanços significativos em todas as áreas, inclusive na área econômica, onde, num tempo de crise mundial, o Brasil deixou de ser devedor para ser credor do Banco Mundial, banco este do qual falarei mais adiante.

Corrupção? Seria mais fácil Lula acabar com a fome, é (infelizmente) da índole do brasileiro, conseguir um jeitinho para tudo. Isso não quer dizer que é o certo, porém, somos um país que teve como os primeiros habitantes fixos, ladrões e prostitutas, começa por aí. Nossa sorte foram os negros, pois, se dependêssemos dos portugueses... Enfim, uma coisa é haver corrupção, como na época de FHC, e ela ser colocada pra debaixo do tapete, outra coisa é ela existir e ser estampada na capa da Folha, ser matéria de destaque no Jornal Nacional, e, mais importante, ter o empenho máximo da Policia Federal.

Voltemos ao Banco Mundial. Barack Obama, diante da atual crise mundial, provocada por aqueles que não pensaram na melhor distribuição dos recursos, e da atual conjuntura, onde a antiga dependência em relação aos mercados e ao próprio EUA, já não existe mais, traça uma estratégia para colocar um certo pernambucano na presidência do Banco Mundial. Isso mesmo, aquele retirante, com o diploma de torneiro mecânico, hoje, presidente do Brasil.

A intenção é bem simples, mudar a política do banco, deixá-lo com uma visão mais social (ou socialista, quem sabe...) e também agregar sob a tutela do político mais popular do mundo opiniões e decisões dos países subdesenvolvidos, uma jogada perfeita. Uma escolha que poderia mudar a história.

Fazer o que? Deixaram o homem trabalhar! Deu nisso. A esperança venceu o medo.

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