segunda-feira, 27 de julho de 2009

Monopólio

Paralizado, enfurecido e solenizado. Assim é o bendito (e, paralelamente, maldito) sentimento/modus vivendus pelo qual fui estuprado, um estupro espiritual, mental, físico e metafísico. Um trabalho para mil anos, executado em uma semana.

Apenas encanto? Quem dera! Eu pegaria minha agenda, a la Gabriel, O Pensador, e começaria a buscar uma saída amorosa a este entrave ontológico. Pelo menos uma delas sairia comigo, treparia comigo e me faria um homem, temporáriamente, aliviado.

A questão é que, neste caso, neste amor, nem que minha agenda inteira ligasse para mim, oferecendo boquetes bem feitas, espanholas delirantes, permissões sem restrições para penetrações vaginais, eu me sentiria balançado, seuqer eu ouviria até o final as propostas.

Mas, suponhamos que, por uma fraqueza de espírito (e pobreza, também), eu aceitasse uma das propostas. Seria inevitável fechar os olhos e pensar nela, só abriria minha boca para falar o nome dela.

Enfim, apenas faria amor com ela por telepatia.

2 comentários:

  1. Senti um pouco de vergonha ao ler esse texto.
    :D meio forte demais!
    UHAUHAUHAUHAA
    Mas como sempre...uma bela arte escrita!
    parabéns.
    ;* beijo João.

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