terça-feira, 8 de setembro de 2009

Por acaso e por insistência...

A conheci por acaso. A conheci por insistência. Um rosto em minha tela, belo, com um sorriso que me conquistaria, mas que me deixaria inseguro, de tão belo que era, de tão fascinante que seria.

O contato indireto, que nunca foi do meu feitio, foi a solução. Eis que descubro que ela tambéms queria me conhecer, que ela também queria saber quem eu sou, que o interesse era recíproco.

O medo trasformou-se em esperança e, logo após, em frustração. Era revelado a mim, por ela mesma, que existia alguém. Este balde de água fria foi seguido pela chama da esperança quando, em pouco tempo depois, eu soube que a pretensa relação teria acabado.

A partir daí, foram horas e horas de telefonemas, de algumas demonstrações públicas de afeto e de várias particulares, 6 horas sem se falar eram uma eternidade. Algo cresceu muito e muito rápido.

Pois é, tudo estava muito bom para ser verdade. Primeiro o cipume dos dois lados, depois os desencontros e conscidências infelizes, e enfim, nossos erros, nossos defeitos estimulando nossos comportamentos, acusações de ambos os lados. Veio o primeiro adeus.

Chorei e sei que ela também chorou. Sofremos juntos, porém separados. A personalidade de cada um nos levou a caminhos diferentes. Ela, a se envolver com outra pessoa. Eu, a esperar as coisas esfriarem e torcer para o amadurecimento de ambos os lados.

O inevitável aconteceu. A reaproximação com um tom saudosista, como se tivéssemos voltado ao tempo das flores, com as perguntas mais romanticamente capciosas possíveis de ambos os lados e a consciência de que nos amávamos, cada um do seu jeito, cada vez mais clara para ambos.

Alogo, porém, era diferente de antes, havia um terceiro, que sequer encarei como um adversário, que sequer tratei como um. Infelizmente, a hombridade e o caráter não trazem benefícios imediatos, a curto prazo. A ausência de ambos, sim. O benefício de se jogar sujo pode durar anos, décadas, quem sabe, ser algo irrevogável. Covardes, sim, mas se dão bem. É uma pena que prefiro a contra-mão deste tipo de comportamento, como diria Gandhi, as vitórias da verdade nunca foram obtidas sem riscos. Como sou um bom filho dele, assim segui.

O segundo e definitivo adeus foi dado. Talvez por mentiras de terceiros plantadas, ou por objetivos escusos alcançados... Eu não posso reclamar de nada! Na verdade, não podemos, nem eu, nem ela. Pois assim como nos conhecemos, perdemos, um ao outro.

Nos perdemos por acaso. Nos perdemos por insistência.

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