Eu, O Twitter, O Goiás, A Imprensa, O Wikileaks e A Vontade de Escrever Um Título Com Cento e Quarenta Caracteres Nesse Exato Momento!!!!!!!

Fudeu! Assim você pode pensar ao ver esse título exagerado e a gama de temas pra se agrupar num texto e numa única linha de raciocínio. Pois saibam, que se eu não tivesse dito um eloqüente “fudeu!” em meio a uma conversa com minha querida ex-sei-lá-o-que (a qual o nome não será revelado a pedido da própria, usarei então, em homenagem ao personagem principal da Freeporto 2010, o nome fictício de “Finada Raposa”) esse texto não seria feito. Confesso que já não sei bem o que ia falar, pois no meio do texto o Mauro Cezar (@MauroCezarESPN), jornalista da ESPN, me bloqueara no Twitter, tal como José Ilan (@joseilan), da Rede Globo já havia feito no dia de ontem... isso me desconcentrou um pouco, mas sobre isso eu falo já.

O fato é que eu fiz meu Twitter oficial (@joaopauloguma). Confesso que tinha meio que nojo da tal site, só via baboseiras quando fiz minha primeira conta. Achei uma droga seguir e ser seguido, angustiante, pra ser bem exato! Não estava nada interessado em saber se as pessoas q eu seguiam estavam acordando, comendo, cagando ou trepando! Mas, dessa vez, percebi que, sabendo-se usar, o Twitter abre espaços extremamente úteis, seguindo as pessoas certas, você consegue informações preciosas.

Por exemplo, foi pelo Twitter que tive acesso a textos extremamente preciosos acerca da polêmica do Wikileaks, que colocou na pauta dos debates mundiais, entre tantas outras coisas, os limites das mídias de comunicação. A liberdade foi defendida até pelo presidente Lula (perdão, eu não sei o Twitter dele!). Quase a mesma liberdade que, por sinal, foi retirada do criador do Wikileaks, que não teve a liberdade para transar com duas suecas, com uma delas, sem camisinha, num espaço muito curto de tempo. Se a moda pega...

Mas a liberdade, segundo alguns, estava em jogo aqui no Brasil. Esses “alguns”, principalmente durante a campanha eleitoral, acusaram o PT de estar preparando uma lei que facilitava a censura, principalmente aos meios (ou mídias) de comunicação. “Liberdade de expressão!!!”, assim gritavam os jornalistas, os nossos Paladinos do Direito de Pronunciar-se! Jornalistas esses, que condenaram o pobre do Dunga por ele não ter facilitado o trabalho deles durante a Copa do Mundo. Jornalistas esses, que torceram de forma descarada contra o Goiás, contra o “Brasil na Sul-Americana”! Não eram só os Gremistas e Flamenguistas, que tinham, sim, razão em torcer contra os esmeraldinos, mas a imprensa do Sul-Sudeste em peso.

Por falar em jornalismo, e por falar em jornalismo esportivo, e por falar em jornalismo esportivo do Sul-Sudeste, e por falar em jornalismo esportivo do Sul-Sudeste e a liberdade de expresão (e, como não, por falar em raposas, finadas ou não), através do Twitter, ferramenta que é utilizada, de certa forma, para garantir a liberdade de expressão, desde que esta não seja preconceituosa ou criminalmente ofensiva, flagrei o renomado jornalista José Ilan dando a seguinte declaração “@joseilan: É duro dizer, mas qq merda hoje diz q é jornalista.”. Questionado por outro twitteiro, a reação dele foi a de bloquear o coitado. Não sem antes jogar o público contra ele: “@joseilan: E aí, pessoal??! É #block nesse energúmeno??!”. Um belo exemplo para um defensor da opinião alheia. Eu como um jornalista sem diploma, mas com uma compreensão acerca da liberdade de expressão superior e desapegada, além de um senso de justiça fora do comum, retruquei: “ @joaopauloguma: @joseilan como assim? E vc não aceita crítica não é? Liberdade de expressão só para os jornalistas?”. O que sei é que essa declaração foi respondida por um: “@joseilan: Fui almoçar, volto e encontro 26 replies exigindo #block no energúmeno. E outro jumento p/se juntar a ele. Tchau pros dois.. #blockassassino”. Ou seja, fui bloqueado! E chamado de jumento

Confesso que não fiquei chateado com o comportamento do jornalista. Ele inclusive estava certo, qualquer merda hoje diz que é jornalista! Pior, qualquer merda hoje diz que é jornalista, trabalha na maior emissora do país e faz a cobertura de uma Copa do Mundo! Isso é, sem dúvida, um absurdo!

Acordo hoje, revoltado com a imprensa diante da palhaçada que foi o comportamento dela em relação ao Goiás e vejo um texto do Mauro Cezar, dizendo que seria uma aberração se o Goiás fosse para a Libertadores ao invés do Grêmio. Ou seja, para o jornalista da ESPN, é uma aberração um clube campeão de um torneio continental classificar-se para um outro, porém mais importante, torneio continental no lugar do quarto colocado de seu país? Tudo bem, o regulamento do brasileirão foi alterado no meio do campeonato, já que estava lá que o quarto colocado iria para a Libertadores. Mas, todos os clubes tinham consciência disso e, mesmo assim, concordaram.

Trocando em miúdos, depois de muito argumentar, acabei bloqueado por aquele que, pasmem, mais criticou a postura de Dunga durante a Copa. O acusava de ditador, de tirano, de alguém que não dava liberdade para os jornalistas trabalharem, se expressarem. O fato é que muita gente da imprensa torceu contra o Dunga, contra o “Brasil (já que era o Brasil mesmo) na Copa do Mundo”. O fato era que não torciam contra o Dunga por ele estar fazendo, necessariamente, a coisa errada. Torciam contra o Capitão do Tetra, por ele estar alterando a ordem imposta por eles, o 4º poder! O mesmo aconteceu com um Goiás, aconteceu comigo e poderá acontecer com você.

Socorro, a censura acabou!