Hoje eu acordei feio
Feio e apreensivo quanto ao novo dia
Feio e apavorado por estar sem minha guia
Para me guiar pela cidade que tão bem conheço
Para me guiar a mim mesmo, ao avesso
Para me guiar a mim mesmo, o meu amor
Para me guiar a quem, verdadeiramente, sou
Além de feio, acordei lacônico
Laconicamente desbocado
E desbocado sou frágil, até calado
Sou frágil mas ainda assim sou persistente
Sou frágil mas ainda assim sou valente
Sou frágil mas graças a Deus sou infame
Sou frágil mas graças a mim sou petulante
Sou frágil mas sou azul, como Carlos Pena Filho
Sou frágil mas inesquecível, como o velho Capiba
Sou frágil mas sou vermelho, como Che ou Sandino
Sou frágil mas pernambucano, como Chico em sua vida
Sim, isso mesmo, eu não acordei ainda
Estou dormindo, delirando, vendo estranhas formas de vida
Acordando, dormindo, delirando
A qualquer momento, penso que estou pensando
Duvido, logo penso
Penso, logo existo
Existo, logo serei esquecido
Mas deixo a minha mente
Hermeticamente
Aberta
Porém coberta
De uma forma que ninguém possa ver
Mas que todos possam sentir
Como uma piada que ninguém quer entender
Mas da qual todos quem rir
Sim, ás vezes sou poeta
Também um pouco filósofo
Um projeto poético defeituoso
Protótipo filosófico mal acabado
Finalmente,
Um projeto defeituoso e egocêntrico de um imbecil
Um imbecil lacônico e feio
Feio e apreensivo quanto ao novo dia
Feio e apavorado por estar sem minha guia
Para me guiar pela cidade que tão bem conheço
Para me guiar a mim mesmo, ao avesso
Para me guiar a mim mesmo, o meu amor
Para me guiar a quem, verdadeiramente, sou
Além de feio, acordei lacônico
Laconicamente desbocado
E desbocado sou frágil, até calado
Sou frágil mas ainda assim sou persistente
Sou frágil mas ainda assim sou valente
Sou frágil mas graças a Deus sou infame
Sou frágil mas graças a mim sou petulante
Sou frágil mas sou azul, como Carlos Pena Filho
Sou frágil mas inesquecível, como o velho Capiba
Sou frágil mas sou vermelho, como Che ou Sandino
Sou frágil mas pernambucano, como Chico em sua vida
Sim, isso mesmo, eu não acordei ainda
Estou dormindo, delirando, vendo estranhas formas de vida
Acordando, dormindo, delirando
A qualquer momento, penso que estou pensando
Duvido, logo penso
Penso, logo existo
Existo, logo serei esquecido
Mas deixo a minha mente
Hermeticamente
Aberta
Porém coberta
De uma forma que ninguém possa ver
Mas que todos possam sentir
Como uma piada que ninguém quer entender
Mas da qual todos quem rir
Sim, ás vezes sou poeta
Também um pouco filósofo
Um projeto poético defeituoso
Protótipo filosófico mal acabado
Finalmente,
Um projeto defeituoso e egocêntrico de um imbecil
Um imbecil lacônico e feio
"Mas deixo a minha mente
ResponderExcluirHermeticamente
Aberta"
Paradoxos são estimulantes imaginários.
Parabéns!