terça-feira, 28 de abril de 2009

Amizade Estelar (2000)

Para Frederico Nietzsche

Éramos amigos, hoje estranhos
Nada mais é da mesma forma
Como talvez devesse ser

Mas não devemos ter vergonha
Pois não desejamos nos calar
Muito menos nos esconder

Cada um com o destino já traçado
O meu muito ensaio e pouco enceno
Mas é claro que podemos nos encontrar
E celebrar uma festa, como já fizemos

Esses bravos navios
Que estavam tão tranqüilos
No mesmo porto, sob o mesmo sol

Sem mesmo imaginar
Os seus próprios destinos
Destino que poderia ser bem melhor

Era tão fácil acreditar
Que era um só objetivo
Mas logo aconteceria o pior

A triste separação
Destes bravos navios
Lançados em outros mares, sob outro sol

Talvez venhamos a nos rever um dia
Como esta minha triste vida
De repente me encontrou

Mas creio que não irás me reconhecer
Pois a separação de mares
Muito me transformou

Mas não vejo isso como uma coisa ruim
Era preciso que nos tornássemos estranhos
Para recordarmos de tudo do começo ao fim
E conversarmos como aqui estamos

Portanto, acredite nesta amizade estelar
Pois me diga que nunca na vida erra
Perceba que somos amigos no mar
Mesmo sendo inimigos na terra

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